Nesta semana o comandante do 1º CPA Cel. Marcus Jardim liberou mais uma de suas pérolas dissertativas, referindo-se à política de segurança adotada pelo Estado como um "inseticida social", onde a força policial representa segundo sua perspectiva linha-dura, como uma espécie de "eliminador de pragas".
Bem, antes de mais nada, sou uma pessoa extremamente realista. Não estou aqui para ficar me enganando ou tentando enganar alguém mas, acredito eu, que diante do estágio que nos encontramos, não nos resta opção melhor ou outra atitude menos "sanguinária", diria eu.
Estamos vivendo um cenário de guerra. Uma guerra urbana, civil, só que não declarada ou até mesmo, não oficializada. E em situações como essa torna-se necessário, em procedimento sumário, providenciar uma "limpeza" antes de começar a reconstruir. Não que eu seja completamente a favor deste tipo de ação policial porque não sou mesmo mas, o cenário é de guerra.
O que o Estado faz hoje, é uma limpeza social que como resultado, resume-se na perda de vidas ditas inocentes. Ditas inocentes solto eu porque, em cenário de guerra, não existe inocente e/ou culpado. Só existe a guerra. Todos nós temos uma parcela de culpa e uma parcela de inocência onde então, as duas presunções, anulam-se.
Esta limpeza, cujo foco é a sujeira deixada por (des)governos anteriores, causa esse efeito. Um "efeito colateral". E esse "efeito colateral" é evidente porque a mídia dita especializada faz disso um ganha pão, onde notícias sobre ações policiais vendem como água no deserto.
Ou seja, o atual governo está limpando está sujeira. E a mídia foca o assunto na barbárie, na calamidade.
Não sou a favor desta política, como já disse antes. As baixas acontecem em ambos os lados. E o policial encontra-se nesta guerra totalmente desamparado, desmotivado, largado. O que é trágico. A PMERJ atravessa hoje uma crise salarial absurda, só para citar o quesito mais importante. Mas no momento, essa guerra faz-se necessária. Que Deus guarde os melhores lugares no céu para esses VERDADEIROS HERÓIS.
Então, como se vê, é preciso muita coragem para as decisões que hoje estão sendo tomadas à respeito desta política de (in)segurança.
Só para ratificar, eu não sou a favor do atual governo. Mas... É esperar e ver o que acontece.
Claro que devemos fazer a nossa parte, tocando nossas vidas da melhor maneira possível e não esperar que alguém possa fazê-lo por nós. Jamais. Isso sim seria um grande engano.
Sobre a questão salarial eu particularmente não acredito que o Chefe do Estado deixará a tropa passando fome em plenas comemorações do 200º Aniversário da PMERJ, no ano que vem. Seria uma vergonha para ele. Eu pelo menos teria.
Fica então claro e evidente (oficializado), após o proferido comentário do Cel. Marcus Jardim, a visão do Sr. Governador e do Sr. Secretário. Tudo bem. Façam. Mas saibam fazer.
Limpem "as pragas" (do jeito que acharem melhor) e após a "limpeza", injetem o serviço social nas comunidades. O plano é esse? Boa sorte e que Deus nos proteja.
Salvem a PMERJ!
Que Deus nos proteja!
Que os heróis sejam lembrados!
Que as famílias desses HERÓIS tenham assistência digna. Prove o seu valor Sr. Governador.
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