Dos 513 deputados federais eleitos para a próxima legislatura,
20 são ligados à área da segurança. Entre eles, há policiais, majores,
cabos, militar da reserva, delegado da Polícia Federal e até mesmo
apresentador de programa policial.
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap), esses deputados defenderão temas ligados à
classe policial, mudanças na legislação penal e no Estatuto da Criança e
do Adolescente, reforma do sistema prisional e novas políticas sobre
drogas e adolescentes infratores.
Três deputados dessa área foram campeões de votos: no Rio de Janeiro,
deputado Jair Bolsonaro (PP), que foi capitão do Exército; no Ceará,
ex-deputado Moroni Torgan (DEM), que foi policial federal; e no Distrito
Federal, ex-deputado Alberto Fraga (DEM), que foi tenente-coronel da
Polícia Militar.
No DF, dois dos oito deputados eleitos são policiais: além de Fraga,
foi eleito Laerte Bessa (PR), delegado aposentado da Polícia Civil.
Redução da maioridade
Alberto Fraga afirmou que pretende criar uma frente parlamentar para discutir a redução da maioridade penal. "A maior bandeira minha com relação à segurança pública é acabar com essa impunidade do menor, que tem aumentado a cada dia a participação de menores em crimes no Brasil. Vou lutar por essa questão da maioridade penal e atacar as questões do sistema prisional, que precisa ser reformulado e atualizado”, afirmou.
Alberto Fraga afirmou que pretende criar uma frente parlamentar para discutir a redução da maioridade penal. "A maior bandeira minha com relação à segurança pública é acabar com essa impunidade do menor, que tem aumentado a cada dia a participação de menores em crimes no Brasil. Vou lutar por essa questão da maioridade penal e atacar as questões do sistema prisional, que precisa ser reformulado e atualizado”, afirmou.
Segundo Fraga, a população quer uma segurança pública eficiente e com qualidade.
Impunidade
O cientista político Flávio Brito atribui a votação expressiva desses candidatos a uma percepção de impunidade e de insegurança por parte da população. "Há um senso comum em todo o território nacional de que as penas têm que ser endurecidas e de que a participação de menores em crimes considerados bárbaros tem que ser debatida pela sociedade e pelo Parlamento”, declarou.
O cientista político Flávio Brito atribui a votação expressiva desses candidatos a uma percepção de impunidade e de insegurança por parte da população. "Há um senso comum em todo o território nacional de que as penas têm que ser endurecidas e de que a participação de menores em crimes considerados bárbaros tem que ser debatida pela sociedade e pelo Parlamento”, declarou.
Flávio Brito disse também que a discussão na Câmara vai encontrar
resistência entre os parlamentares defensores dos direitos humanos, mas,
para ele, é papel do Legislativo enfrentar esse debate.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli
Edição – Pierre Triboli
Fonte:
Agência Câmara Notícias
Que se acabe com a impunidade do menor. A resistência em se mudar a legislação se deve ao fato de que a maioria dos políticos temerem que seus rebentos sofram as consequências de tal mudança.
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