'Ninguém ligado à defesa dos Direitos Humanos me procurou', diz mãe de PM morta
Maria Rosalina Rafael Castilho, de 59 anos, é mãe da soldado Alda Rafael Castilho, morta em ataque de bandidos à UPP do Alemão
Escute o depoimento clicando aqui.
Segue a reportagem...
Acordar às 4h30m todos os dias com a filha era
um hábito de Maria Rosalina Rafael Castilho, de 59 anos. Agora, ela se
levanta sozinha. A filha, Alda Castilho, de 27 anos, soldado da Polícia
Militar do Rio, foi morta no último domingo. Lotada na Unidade de
Polícia Pacificadora no Complexo do Alemão, Zona Norte da cidade, Alda
saía de casa, na Baixada Fluminense, bem cedo pela manhã para trabalhar.
A mãe, que tem mais outras duas filhas, reclama da falta de amparo das
autoridades.
'A PM esteve na minha casa nesta quinta-feira para dar assistência à minha família, mas só depois que eu fui falar com eles. Me ofereceram atendimento psicológico. Nem a prefeitura da minha cidade me procurou. Direitos Humanos, que eu ouço falar, que defende bandido, também não me procurou', lamenta.
Emocionada, Maria Rosalina contou que a filha, mesmo após as dificuldades para estudar, tinha sonhos e sempre quis ajudar os outros. A PM estudava psicologia e planejava se casar no ano que vem.
'Minhas filhas só conseguiram vaga em colégio público já adultas. A Alda dava brinquedos para as crianças do Alemão e, inclusive, levou um grupo para gravação do programa da Xuxa', lembra.
Mãe de Aline, de 30 anos, e de Amanda, de 29, Rosalina afirma que o que mais leva em conta na vida é a honestidade.
'Além de pobre, sou negra, trabalhadora e honesta, como minha filha era. Hoje, no Rio de Janeiro, a honestidade não tem valor', diz. 'Sou anônima porque trabalho e vivo do meu suor. Talvez se eu levasse outro tipo de vida, estaria aparecendo e sendo procurada'.
Por fim, ela faz um apelo aos órgãos públicos. 'Eu sei que nada vai trazer minha filha de volta, mas eu gostaria de pedir às autoridades, na hora que sentarem em suas mesas fartas, que pensassem na educação e no respeito', completa.
'A PM esteve na minha casa nesta quinta-feira para dar assistência à minha família, mas só depois que eu fui falar com eles. Me ofereceram atendimento psicológico. Nem a prefeitura da minha cidade me procurou. Direitos Humanos, que eu ouço falar, que defende bandido, também não me procurou', lamenta.
Emocionada, Maria Rosalina contou que a filha, mesmo após as dificuldades para estudar, tinha sonhos e sempre quis ajudar os outros. A PM estudava psicologia e planejava se casar no ano que vem.
'Minhas filhas só conseguiram vaga em colégio público já adultas. A Alda dava brinquedos para as crianças do Alemão e, inclusive, levou um grupo para gravação do programa da Xuxa', lembra.
Mãe de Aline, de 30 anos, e de Amanda, de 29, Rosalina afirma que o que mais leva em conta na vida é a honestidade.
'Além de pobre, sou negra, trabalhadora e honesta, como minha filha era. Hoje, no Rio de Janeiro, a honestidade não tem valor', diz. 'Sou anônima porque trabalho e vivo do meu suor. Talvez se eu levasse outro tipo de vida, estaria aparecendo e sendo procurada'.
Por fim, ela faz um apelo aos órgãos públicos. 'Eu sei que nada vai trazer minha filha de volta, mas eu gostaria de pedir às autoridades, na hora que sentarem em suas mesas fartas, que pensassem na educação e no respeito', completa.
CRÉDITOS DA RÁDIO GLOBO
OPINIÃO: Parabéns a disponibilização do áudio em sua integralidade pela Rádio Globo, que mostra a realidade da nossa missão Policial Militar, nas palavras do depoimento da mãe da Policial Militar assassinada no Parque Proletário.
Não irei fazer comentários. O depoimento fala por si só. Só uma única palavra:
BRASIL.
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