05/05/2010

CURSO ESPECIAL NO CICLO 19 DA REDE EAD/SENASP É DISCRIMINATÓRIO

Parece que algumas vezes vivemos em um mundo de sonhos. Ou de pesadelos. De sonhos para alguns e de pesadelos para outros, óbvio. Isso concomitantemente falando.

O ciclo 19 da rede EAD/SENASP está oferecendo um curso de caráter "especial". O curso, denominado "Operações de Paz e Policiamento Internacional", traz critérios de seleção já conhecidos por nós, praças da PMERJ. Advinhem: só para oficiais. Melhor dizendo, somente oficiais poderão participar da seleção, já que serão oferecidas somente 50 vagas, incluindo ao todo bombeiros, policiais civis e federais, todos estes ligados diretamente à seguraça pública.

Outros, não ligados diretamente, poderão se candidatar, se preenchidos os requisitos básicos previstos no edital, já enviados para todos aqueles cadastrados na rede EAD da Senasp.

Estes pré-requisitos podemos compreender perfeitamente a sua existência, tendo como exigência por exemplo ser graduado em algum curso específico voltado para a segurança pública, diretamente ou não, ser "afim" e o que também não desce a goela: integrantes de ONG's.

Bem caros senhores. Praça de polícia não é gente mesmo. E parece que os mentores, os próprios que ministram os cursos, nada aprenderam com eles.

Depois alguns ficam irritados quando ataco oficiais. Se a causa é única, deveria haver ao menos um ato de vontade no sentido prático por parte do oficialato afim de defender a farda para o sentido coletivo da Instituição. E isso não acontece nunca.

A praça pode ser graduada em 3 áreas, falar 6 idiomas diferentes. Entretanto jamais será valorizado. Pois será sempre uma praça, no sentido mais pejorativo possível.

Praça não tem cérebro. Se não pensa, não pode ser policial. E muito menos exercer a função de agente garantidor e protetor da incolumidade pública. Então vamos reformar todos os praças. Reforma integral! E deixar a polícia para os oficiais. Poxa, tem hora que dá no saco! Que saco!! Desculpem o baixo calão.

Peço aqui que revisem este edital e incluam os praças da instituições militares estaduais. Somos todos iguais. Somos policiais. Somos bombeiros. Neste momento, ser oficial ou praça não importa. Nos cursos internos da corporações não funciona desta maneira? Todos sendo um número preso na cobertura?

Por isso eu digo: vamos estudar. Para ir embora.

Triste quadro o da segurança pública brasileira. O ano é 2010. Mas somente no calendário. Mas o cenário....é A.C.


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